2/02/2006

Eu queria viver o suficiente para ir no meu enterro.

Pois é. Quantas vezes você já se pegou perguntando, se cobrando, idealizando. Dedico-me de mais a alguém, a alguma causa? Sou importante na vida de uma pessoa? Sempre me vigio, sempre me policio. Na verdade, creio que isto é algo que no fim das contas é A questão.

Eu queria que o que os Kardecistas falassem fôsse verdade. Que virassemos espiritos e tal, aqui na terra. Mas só por um motivo... Ou dois... Poder acompanhar meu enterro... E ver se um dia o Nautico sobe a 1a divisão.

Isso gera uma questão um pouco mais louca. O orgulho próprio( ego ou seja lá que nome se dê a vontade de agradar, ser aceito). Eu seria tão feliz se no meu enterro estivessem todos que dizem gostar de mim. Que dissessem coisas massa do tipo -"O maior meia esquerda que eu já vi!" ou -"Esse seria presidente da república!". Mas será que no fim não estamos vivendo a vida para e pelos outros?

Em cada ato nosso, estamos preocupados em agradar a quem? A si, ou ao prazer que agradar os outros proporciona?

Passei uma grande parte do tempo tentando fazer coisas que me tornassem melhor para os outros, o que me dava grande prazer. Mas acho que na verdade, seremos mais felizes no segundo caso. Por isso, agrade mais a si, claro que sem fazer estupidez, mas com o tempo, essas suas atitudes irão converger para sua felicidade. E para mais comentários no seu enterro. E para mais gente pro seu enterro. E pra mais custos ao seu enterro. Afinal, nada melhor do que deixar dívidas para o próximo. E no fim estaremos nos preocupando mais com nós não???