4/06/2008

Pó de feijão preto!!!

Eram meados de 1910... Se não estou errado um jogador chamado Carlos Alberto do Fluminense(lembrança direta das leituras do manual do escoteiro mirim), proibido-tal qual era a lei do futebol brasileiro- de jogar futebol por ser negro, utiliza-se do artificio de sacudir em camadas homéricas pó de arroz sobre o corpo. Desta forma, poderia alçar o que a eugenia pregava. O que Darwin parecia ter escrito nas entrelinhas. O que Hitler pregou nas sobre-linhas de ataque.

Frágil como a teoria que a sustenta, um simples suor devolvia a miserabilidade aquele ser. Negro. Preto. Coisa mórbida. Carlos Alberto saia do estado de humano para o de escória. Do esguio ao mesquinho. E assim, mais um ato de auto-contemplação era atingido por quem só quis ser o que (achava que) não era.

Um bom anos se passou(como diria o Jesus do Sem Meias Palavras). E em pleno século 21 a Eugenia retorna. Agora com ares sociais. Paternais. Justos e semânticos. Automática Gambiarra de nosso sistema de compensações.

Assistindo na madrugada o programa livre encaro vários negros(Afro-descendentes, como eles mesmos, os mais preconceitosos preferem se referir), cobrando quotas. A partir de agora temos que ter cotas nas universidades. Cotas nos programas de TV. Cotas no serviço público e cotas no jornalismo. Quota ou cota... Eugenia pura... Auto-flagelamento.

Eu penso que a Morena do Tchan talvez fosse uma cota baiana para a Carla Perez. Penso que agora teremos que ter albinos negros, para uma cota de genes recessivos. E nada mais feio do que o Mont Blanc. Bom mesmo é a Serra Negra.

Agora você deve estar pensando o que este filhote de Mosley está tentando dizer??? A única coisa que tento expressar é que se existe raça, a melhor que existe é a negra. O negro é melhor do que qualquer outra "raça"em praticamente todos os sentidos.Negro é melhor em esporte, é melhor em música, é muito mais saudável, e agora, com a tendência natural de desmitificação, com o tempo teremos muito mais negros nos cargos científicos, politicos e sociais importantes, grande reclamação dos que tem muito o que reclamar.

A curva está ascendente. A desigualdade tende a diminuir enquanto o planeta cresce intelectualmente e socialmente. É intolerável e preconceituosíssimo achar que com uma medida populista e que não ataca diretamente a causa do problema - e sim os reflexos do mesmo - estaremos diminuindo o preconceito contra os negros.

Agora, para dar mais opções nessa sociedade já sem opções de sobra, vou repetir as avessas o que os jogadores do Fluminense fizeram. Vou jogar um pó de feijão-preto na minha prole para que eles tenham mais oportunidades na vida.

Martin Luther King não gostaria disso. Se Hitler fosse negão, sim.